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domingo, 18 de setembro de 2011

Mais um case de crise na internet

Mais um exemplo claro de que não podemos mais brincar com a internet. Esta matéria abaixo saiu na revista ISTOÉ na edição de Junho de 2011, e fala de sites de vendas online que tiveram crises iniciadas na própria internet.
Quando uma empresa se propõe a trabalhar na web, tem que ter boa estrutura para lidar com este tipo de ferramenta, em que a informação é rápida e de fácil acesso, em que qualquer desalinhamento de discurso e ações é motivo de reclamações em sites especializados. 
É exatamente o que a reportagem nos mostra, o crescimento de reclamações por ineficiência. 

Crise online

Cresce o número de reclamações contra empresas de comércio eletrônico que não conseguem entregar no prazo o que vendem

Fabiana Guedes
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Na terça-feira 22, as Americanas.com, uma das maiores lojas online do País, conseguiu voltar a ter o direito de vender seus produtos aos moradores do Estado do Rio de Janeiro. Desde o dia 26 de maio, as Americanas estavam proibidas pela Justiça de atender qualquer morador do Rio, sob pena de receber multas diárias. O veto às vendas, inédito no segmento do varejo online e explicitamente não respeitado pela empresa, foi decidido por conta do aumento exponencial das reclamações dos consumidores por repetidos atrasos na entrega dos produtos comprados da loja. Só neste ano, mais de 20 mil pessoas procuraram o Procon para protestar contra as Americanas.com, que recebeu uma multa de R$ 860 mil por solenemente não respeitar a decisão judicial. 


Apesar da decisão inédita da Justiça, o caso das Americanas vem se repetindo com uma frequência cada vez maior em todo o segmento de vendas online. Impulsionadas pela ascensão social ocorrida no País e pela popularização da internet, as vendas via computadores crescem uma média de 35% por ano desde 2006. Em 2008, pouco mais de 13 milhões de brasileiros utilizavam esse recurso. Em 2010, eles já somavam 23 milhões de compradores. Com o aumento da demanda, o que parecia conforto virou problema. O problema de logística, velho conhecido do País, impacta também este setor. “A impressão que temos é de que o crescimento das vendas na internet não foi acompanhado por investimentos dessas empresas em logística e distribuição”, avalia Pedro Rubens Fortes, promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro. 


O Reclame Aqui, site que expõe as empresas com maiores dificuldades de resolver problemas com o consumidor, recebeu, só este ano, 58 mil queixas contra as 14 maiores lojas virtuais do País. Americanas.com, Comprafácil, Submarino e Shoptime.com são as campeãs de queixas dos consumidores. “O e-commerce cresceu muito, mas as companhias terceirizadas que fazem a entrega não se profissionalizaram. As empresas não estão preparadas para a demanda,” admite Gustavo Bach, presidente do grupo que opera o Comprafácil. Os varejistas online alegam que as transportadoras , além de serem poucas, não são organizadas. Diante disso e enquanto uma solução não é apontada, é esperada uma atitude mais justa dos sites de compras: vender apenas o que for capaz de entregar.  
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